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Doutorado na Inglaterra

Do site da UNIVEM:

Douglas Rodrigues está há poucas semanas na Inglaterra. Durante um ano, vai dar prosseguimento à sua pesquisa de doutorado na Universidade de Lancaster, no noroeste do país.

Graduado em Ciência da Computação pelo Univem, em 2008, Douglas decidiu investir num dos elementos que mais haviam chamado sua atenção durante o curso: a pesquisa.

“A graduação contribuiu para que eu tivesse uma visão crítica da área, pois pude aprender com ótimos professores, a maior parte deles doutores, e isso despertou em mim uma profunda admiração pela ciência”, diz o ex-aluno. Sua orientadora durante as pesquisas de iniciação científica, a Profª. Drª. Kalinka Regina Lucas Jaquie Castelo Branco, à época docente no Univem, acabou sendo sua orientadora no mestrado, feito no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, e no doutorado que está cursando na mesma instituição.

A dissertação de mestrado, defendida em 2011, foi relacionada à implementação e avaliação de desempenho da segurança em serviços Web, como criptografia e assinatura digital. No doutorado, ele está pesquisando os VANTs (Veículos Aéreos Não Tripulados). Ele explica que o objetivo é utilizar a experiência adquirida com os serviços Web nesse tipo de aeronave, aumentando o "conhecimento" do piloto automático de forma dinâmica, permitindo-lhe tomar as melhores decisões, de acordo com cada tipo de missão.

Ciência sem fronteiras

Na Universidade de Lancaster, Douglas pretende dar prosseguimento à pesquisa, sendo supervisionado por Geoff Coulson, pesquisador e diretor da School of Computing and Communications da instituição. “Ele vai contribuir com sua experiência nessa área de pesquisa, auxiliando no desenvolvimento do projeto e na obtenção de resultados relevantes”, comenta.

De volta ao Brasil, daqui a um ano, Douglas já estará com a tese praticamente pronta para defesa.

A viagem à Inglaterra foi possível após a obtenção de uma bolsa no programa Ciência sem Fronteiras, iniciativa conjunta do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e do Ministério da Educação (MEC), por meio de suas respectivas instituições de fomento, o CNPq e a CAPES.

Agradecimentos

Douglas dirige especiais agradecimentos à sua orientadora, professora Kalinka, que o acompanha desde a graduação no Univem até o doutorado, e aos demais professores, pela qualidade do curso e estímulo à pesquisa. À instituição, agradece pela bolsa de estudos concedida e pela boa infraestrutura disponível.

Agradece, também ao programa Ciência sem Fronteiras e ao Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Sistemas Embarcados Críticos (INCT-SEC) pela bolsa concedida.

O Univem deseja muita sorte ao seu ex-aluno. Que tenha uma ótima jornada em Lancaster e uma vibrante carreira no Brasil.

Fórum no ICMC discutiu segurança das urnas eletrônicas brasileiras

Da Assessoria de Comunicação do ICMC:

Na última quarta-feira, 17 de abril, o Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP promoveu o 1º Fórum Nacional de Segurança em Urnas Eletrônicas. O evento foi realizado no auditório Fernão Stella de Rodrigues Germano, no da campus USP que fica em São Carlos, e contou com especialistas em política e em segurança da informação, que discutiram as possibilidades tecnológicas de ocorrência de fraudes nas urnas eletrônicas utilizadas no Brasil.

Na abertura, o diretor do ICMC, José Carlos Maldonado, agradeceu a presença dos participantes e destacou a relevância do evento: “É um tema de importância nacional e mesmo internacional, pois os destinos do Brasil impactam os do mundo. O ICMC fica muito orgulhoso de sediar essa iniciativa”, acrescentou.

O fórum foi iniciado com a palestra do engenheiro Amilcar Brunazo Filho, especialista em segurança de sistemas de informática e moderador do fórum VotoSeguro.org. Ele apresentou os princípios básicos de um sistema eleitoral tradicional eletrônico, e levantou o conflito entre os princípios da inviolabilidade absoluta do voto e da publicidade: “O autor do voto deve ser absolutamente secreto, mas o conteúdo do voto deve ser absolutamente público”, completou. Discorreu também sobre a disponibilidade absoluta. “É necessário que se faça um sistema seguro, mas com objetivo social. O sistema não pode falhar”.

O especialista apresentou ainda o trâmite do projeto de lei cujo artigo 5º regulamentaria o avanço da segurança das urnas brasileiras para a chamada segunda geração, permitindo a auditoria dos resultados por meio da impressão da cédula do voto, bem como suspensão sumária desse artigo pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) logo após a sanção da lei, com alegações de ordem técnica e jurídica.

Ao finalizar sua apresentação, Brunazo Filho emocionou-se ao ver que a mobilização em torno da luta que há tanto tempo tem travado, até hoje com pouco apoio. “A minha expectativa é sensibilizar alguns dos que estão presentes aqui. Gostaria de ver no meio acadêmico uma iniciativa por parte de vocês”, finalizou.

Na segunda palestra, o professor Diego Aranha, da Universidade de Brasilia (UnB), apresentou os detalhes de seu relatório técnico sobre a segurança das urnas eletrônicas, resultado de testes feitos em 2012 por meio de edital do próprio TSE. Segundo o pesquisador, sua equipe conseguiu, com sucesso, atingir o nível de fraude do sistema, pois recuperou a lista de votação completa durante o tempo de análise da urna, além de descobrir que um número muito importante para decodificar todo o registro de votos era justamente a hora de inicio de operação da urna, informação pública, impressa nos boletins de urna que são enviados aos partidos.

O palestrante destacou que o TSE não considerou o ataque como sendo capaz de causar fraude, e sim de causar apenas falhas no sistema da urna, o que, segundo Aranha, não corresponde com os reais feitos de sua equipe. Os membros da banca do edital concordaram com o feito técnico da equipe da UnB e a entenderam o ataque como um sucesso na execução de fraude, demonstrando a fragilidade do sistema de segurança das urnas. Aranha informou que sua equipe apresentou um relatório técnico ao TSE para adequação de todas as irregularidades nas urnas. Segundo ele, o TSE respondeu dizendo que tais requisitos haviam sido atendidos, porém, não divulgou um boletim informando quais detalhes e procedimentos haviam sido tomados.

Mesa redonda e resultados

Após as palestras, teve início uma mesa redonda que contou com a participação de Pedro Floriano Ribeiro e Maria do Socorro Braga, pesquisadores em ciência política da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Kalinka Castelo Branco e Mario Gazziro, docentes do ICMC, e Oscar Marques, do Serviço Federal de Processamento de Dados (SERPRO). Participou também do debate Vilson Palaro Junior, juíz de direito civil e juiz eleitoral de São Carlos.

Após o debate, a conclusão dos participantes do evento foi que as fraudes podem realmente acontecer, passando despercebidas pela justiça eleitoral. A partir dessa informação, um memorando de apoio ao  projeto de lei que obriga a transição para urnas de segunda geração foi preparado pelos participantes do fórum e será encaminhado ao TSE, em Brasília.

A discussão deve continuar. Os organizadores pretendem realizar em 2014 um congresso nacional de segurança do voto eletrônico, com inscrição de trabalhos, estendendo o tema aos sistemas de transmissão de informações eleitorais, sistemas de totalização de votos, servidores de exibição dos resultados parciais e de pesquisas na web.

Para assistir às palestras e à mesa redonda, acesse o link.

Treinamento sobre Aviões

Capítulo 1: O Avião e sua História

*Material baseado em apostila produzida pela Embraer.

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